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SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO
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Publicado: 30/06/2022
Escrito por: Brasil 247
A taxa de desemprego no Brasil caiu para 9,8% no trimestre encerrado em maio, a menor taxa para o período desde 2015 (8,3%) e um resultado muito melhor que o esperado pelo mercado (o consenso Refinitiv projetava que a taxa de desocupação cairia de 10,5% em abril para 10,2% no mês passado).
A população desocupada, estimada em 10,6 milhões de pessoas, recuou 11,5% frente ao trimestre anterior, entre dezembro e fevereiro (1,4 milhão de pessoas a menos), e 30,2% na comparação anual (4,6 milhões de pessoas a menos).
Já o número de pessoas ocupadas (97,5 milhões) é o maior da série histórica, iniciada em 2012, e cresceu 2,4% na comparação com o trimestre anterior e 10,6% na anual. São 2,3 milhão de pessoas ocupadas a mais no trimestre e 9,4 milhões em um ano.
Com isso, a taxa de desemprego caiu 1,4 ponto percentual na comparação com o trimestre entre dezembro e fevereiro e 4,9 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2021.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e foram divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Foi um crescimento expressivo e não isolado da população ocupada. Trata-se de um processo de recuperação das perdas que ocorreram em 2020, com gradativa recuperação ao longo de 2021”, afirma Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBGE.
Beringuy diz que “houve uma certa estabilidade da população ocupada” no começo do ano, mas agora a expansão foi retomada “em diversas atividades econômicas” e com contratações no mercado formal, com carteira assinada. “O contingente de trabalhadores com carteira vêm apresentando uma recuperação bem interessante, já recompondo o nível pré-pandemia”.
“Principalmente no final de 2020 e no primeiro semestre de 2021, a recuperação da ocupação estava majoritariamente no trabalho informal. A partir do segundo semestre de 2021, além da informalidade, passou a ocorrer também uma contribuição mais efetiva do emprego com carteira no processo de recuperação da ocupação”, afirma a coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBGE.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exceto trabalhadores domésticos) cresceu para 35,6 milhões no trimestre até maio, uma alta de 2,8% frente ao trimestre anterior (981 mil pessoas a mais) e de 12,1% na comparação anual (3,8 milhões de pessoas a mais).
Já a taxa de informalidade foi de 40,1% da população ocupada (39,1 milhões), uma leve queda contra o trimestre anterior (40,2%) mas uma alta em relação ao mesmo trimestre de 2021 (39,5%), segundo os dados da PNAD Contínua.
Com a queda no desemprego, o nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) subiu para 56,4%, uma alta de 1,2 ponto percentual frente ao trimestre anterior (55,2%) e de 4,9 ante o mesmo trimestre de 2021 (51,4%).
Já a taxa composta de subutilização ficou em 21,8% no trimestre encerrado em maio, a menor taxa para o período desde 2016 (20,5%). Trata-se também de uma queda de 1,7 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em fevereiro (23,5%) e de 7,4 p.p. na comparação anual (29,2%).
A população subutilizada (25,4 milhões de pessoas) também caiu: 6,8% frente ao trimestre anterior (menos 1,8 milhão) e 23,8% na comparação anual (menos 7,9 milhões).