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Descaso de Bolsonaro com meio ambiente afeta fauna, flora e o povo brasileiro


O país, conhecido pela riqueza de sua biodiversidade, está sendo atacado no que tem de mais raro: a vida

Publicado: 14/10/2019


O descaso do Governo Jair Bolsonaro com o meio ambiente está matando a fauna e a flora terrestre e marinha no Brasil e afetando a todos os brasileiros. O país, conhecido pela riqueza de sua biodiversidade, está sendo atacado no que tem de mais raro: a vida. E isso atinge a todos os brasileiros, independente do lugar onde vivem ou do trabalho que desempenha, porque a preservação do meio ambiente é fundamental para a saúde de todos.

Primeiro foram as liberações de  392 pesticidas apenas em 2019 - agora somos um povo que ingere alimentos com veneno. Depois as queimadas na Amazônia - que provocaram a morte de centenas árvores e de animais - estimuladas pelos pronunciamentos do presidente e pelos cortes nos investimentos nos órgãos de fiscalização: Ibama e ICM/Bio.  

No último mês de setembro, uma grande quantidade de óleo foi despejada na costa brasileira. O óleo passou a atingir diversas praias do Nordeste. O poluente já foi identificado em mais de 138 pontos no litoral dos nove Estados da região. Vários animais já foram retirados do mar, agonizando, com seus corpos cobertos pelo produto. O prejuízo ambiental ainda não foi calculado. Mas o que o governo fez para remediar o problema? Tentou culpar a Venezuela, sem nenhuma prova, pelo crime ambiental. 

Especialistas mostraram que a hipótese jamais poderia ser levada a sério, já que as coordenadas geográficas da Venezuela levariam o petróleo para longe do Brasil. Depois disso, foram encontrados barris da Shell na Praia da Formosa, em Sergipe, com o mesmo óleo que está se espalhando pelo litoral. Mas a Shell disse, por meio de nota, que o conteúdo original dos tambores não tem relação com o óleo cru encontrado nas praias porque os tambores são de óleo lubrificante para embarcações. Ou seja, os barris podem ter sido reaproveitados por algum navio que transporta óleo cru.  

Além do litoral, a chegada do óleo ao rio São Francisco também preocupa técnicos e ambientalistas. “O governo deveria ter decretado um estado de emergência, desde o início, e formado um grupo envolvendo pesquisadores do Ibama do Nordeste para promover ações que impedissem o óleo de avançar. Mas nada foi feito e isso é muito estranho. As informações não estão nem chegando para nós. Tudo está sendo debatido entre a Marinha e a cúpula do Ibama”, comentou o servidor do Ibama e diretor do Sindsep-PE, Eduardo Albuquerque.  

Eduardo lembra que, com a Emenda 95 que congelou os investimentos públicos por 20 anos, o Ibama tem sofrido com falta de equipamentos e servidores para combater esse tipo de desastre ambiental. 

O Governo responderá à Justiça 

Por falta de ação do Governo, a Justiça Federal, em Sergipe, determinou que a União tome medidas para conter o avanço de óleo. A ação atende a um pedido do Ministério Público Federal. 

O juiz Fábio Cordeiro determinou que sejam implantadas barreiras de proteção nos rios São Francisco, Japaratuba, Sergipe, VazaBarris e Real, no litoral sergipano, em até 48 horas. A União e o Ibama terão que pagar multa de R$ 100 mil por dia de descumprimento da ordem legal. 

O procurador que assina a ação, Ramiro Rockenbach, disse que a União está sendo omissa ao não adotar medidas de proteção a áreas ambientais sensíveis, que são de sua responsabilidade, de acordo com a Constituição.

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