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CUT está organizando novas ações de rua para Julho


Serão realizados atos em frente à sede do Banco Central, nas capitais, e uma grande manifestação em frente ao Ministério da Fazenda, em Brasília

Publicado: 08/06/2015

A Direção Executiva da CUT, reunida no último dia 02 de junho, em São Paulo, destacou os desafios que a classe trabalhadora enfrentará no próximo período e o papel que a CUT deverá desempenhar neste cenário. Na ocasião, ficou decidido que a Central irá organizar, na primeira quinzena de julho, novas ações de massa, com atos em frente à sede do Banco Central, nas capitais, e uma grande manifestação em frente ao Ministério da Fazenda, em Brasília.

Os atos ocorrerão contra a política atual de ajuste capitaneada pelo ministro Joaquim Levy. Durante a mobilização, a CUT apresentará uma proposta alternativa de política econômica para o governo e para a sociedade, dialogando com setores mais afetados pela crise. Essa decisão consta em um documento de resoluções redigido pela Central após o encontro em São Paulo.

O documento informa que a Central também manterá vigilância e pressão permanente no Congresso para combater o retrocesso liderado por Eduardo Cunha, derrotar a contra-reforma política e o projeto da terceirização ( PLC30/15) no Senado, e obter a sanção da Presidenta Dilma à regra alternativa ao fator previdenciário (cálculo para a concessão da aposentadoria) aprovada na Câmara no dia 14 de maio. A nova regra permite a aposentadoria integral no lugar do fator previdenciário, estabelecendo como critério para os homens a soma da sua idade (65 anos, por exemplo) com o tempo de contribuição no momento da aposentadoria (35 anos, por exemplo). Neste caso, a soma chega a 95 anos, permitindo que ele opte por esta regra para obter a aposentadoria integral. O procedimento é semelhante para mulheres, mudando apenas o tempo de cálculo: a soma da idade (55 anos, por exemplo) com o tempo de contribuição (30 anos, por exemplo) deve atingir 85 anos para que ela possa optar por esta nova regra para obter a aposentadoria integral.

Para além dessa ação defensiva, a CUT proporá uma agenda positiva no Congresso em torno dos projetos de interesse da classe trabalhadora. Fará ampla campanha de esclarecimento de suas bases sobre as mudanças de regra na Previdência (85/95), e promoverá campanhas criativas de divulgação das propostas defendidas pela CUT para a sociedade.

A Central participará das campanhas salariais do segundo semestre, envolvendo as categorias do setor privado e do setor público. Criará condições para que as campanhas sejam debatidas e planejadas no âmbito e sob a coordenação dos macrossetores. Serão campanhas salariais difíceis, considerando o atual cenário econômico e político, e devem ser consideradas como parte do processo mais geral de mobilização e luta da classe trabalhadora.

No documento de resoluções, a Direção Executiva da CUT parabenizou, mais uma vez, os/as milhares de trabalhadores/as que paralisaram o trabalho no dia 29 de maio e saíram às ruas para protestar contra a retirada de direitos e a atual política econômica do governo, contra o retrocesso político e as ameaças à ordem democrática. Houve manifestação em todos os estados, paralisações em setores e empresas estratégicas nas cidades do interior e nas capitais. Novamente, a ação articulada com movimentos sociais parceiros foi decisiva ao êxito dessas ações de massa, revelando um processo importante de acumulação progressiva de forças, rumo à greve geral.

“Não podemos baixar a guarda, o momento é de luta e a CUT tem um papel fundamental neste momento histórico: o que está em jogo é destino do país, da esquerda e da classe trabalhadora. Trata-se do Brasil que queremos para nós, hoje, e do legado que queremos deixar para as gerações futuras. Nesta luta, cada etapa e cada um são importantes: cada trabalhadora e cada trabalhador, cada sindicato, cada manifestação política promovida pela CUT em parceria com centrais sindicais e movimentos sociais”, destaca o texto com as resoluções da Executiva.

O texto informa que a luta da Central tem como centro o combate à política de ajuste fiscal promovida pelo ministro Joaquim Levy, que penaliza os/as trabalhadores/as com a retirada de direitos, o aumento do desemprego, a redução e piora das políticas sociais. A CUT é radicalmente contra a elevação da taxa de juros por sua ineficiência no combate à inflação, por elevar a dívida pública e favorecer os setores rentistas da sociedade. Essa política errática levará o país a um longo período de recessão, criando o ambiente favorável à precarização do trabalho e ao enfraquecimento dos sindicatos. Temos que combatê-la com ações de massa e com a formulação de uma política econômica alternativa, que impeça uma restauração neoliberal no país, ameaça que já está em curso.

“Fomos frustrados com o desvio de rota do projeto vitorioso nas eleições de outubro. Ao mesmo tempo, a ofensiva conservadora tenta fazer uma contra-reforma política no Congresso. Em 26 de maio, a CUT e os movimentos sociais parceiros fizeram manifestação contra a “PEC da Corrupção” de Cunha que quer constitucionalizar o financiamento empresarial. Os resultados das votações na Câmara só confirmaram a tese da CUT de que “com esse congresso não dá”. É preciso uma Constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político”, observa do texto das resoluções.

Para a CUT, a construção de uma política educacional de qualidade e de caráter social, necessária para nos reivindicarmos enquanto Pátria Educadora, passa pela implementação do Plano Nacional de Educação (PNE), amplamente discutido e aprovado pela sociedade. As greves dos/as professores/as da rede pública estadual mostram a precariedade da educação pública. Infelizmente, os governadores de SP e Paraná (ambos do PSDB) ao invés de abrirem negociações com os sindicatos da educação, para de fato implementarem o Plano Nacional de Educação e garantirem uma educação de qualidade, tratam os professores com violência e desrespeito.

NÃO À POLÍTICA DE AJUSTE FISCAL DO MINISTRO LEVY!
NÃO À CONTRA-REFORMA POLÍTICA DO EDUARDO CUNHA!
NÃO AO PLC30/15 (TERCEIRIZAÇÃO)
PELA SANÇÃO DO 85/95
SOMOS FORTES, SOMOS CUT!
 
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