CUT convoca trabalhadores para ato no Palácio do Planalto
Ato deve acontecer nessa terça (16) para pressionar a presidente a sancionar a fórmula 85/95
Publicado: 15/06/2015
A maior central sindical do País convoca sindicatos e trabalhadores de todos os segmentos para um ato no Palácio do Planalto, às 17h desta terça-feira 16, a fim de pressionar a presidente para a sanção da fórmula 85/95 para a aposentadoria, contra o que a CUT chama de "nefasto fator previdenciário".
Na tarde desta segunda-feira 15, representantes da CUT e das principais centrais sindicais do País estão reunidos com os ministros da Previdência Social, Carlos Gabas, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, que deverão apresentar uma proposta alternativa às mudanças no fator previdenciário.
A CUT informa que, no encontro, reafirmará sua posição pela sanção da fórmula 85/95 e afirma que o governo "vem acenando com o veto da proposta, alegando que a implantação do novo cálculo afetará as contas públicas, desequilibrando a Previdência".
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, rechaçou apoio da entidade ao ajuste fiscal apresentado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. "Os trabalhadores não podem dar apoio a uma política econômica em que eles não têm aumento de salário", afirmou o líder sindical.
Na noite de quinta-feira 11, na abertura do Congresso do PT, em Salvador, a presidente Dilma Rousseff pediu apoio do partido ao governo na aprovação das medidas. Na ocasião, sindicalistas ergueram uma faixa com a frase "Fora plano Levy".
Antes do 5º Congresso, os sindicalistas também assinaram um manifesto com críticas à política econômica do governo e disse que o Partido dos Trabalhadores estava imerso em uma "profunda crise".
Freitas condicionou o apoio ao ajuste a duas ações da presidente. "A presidenta precisa fazer duas coisas importantes para ter o apoio que ela solicitou da área petista do movimento sindical. Vetar o PL 4330 (projeto de lei da terceirização) e sancionar o 85/95 (que altera o fator previdenciário). Com estas duas medidas ela vai ter nosso apoio irrestrito", assegurou.