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CUT celebra 20 de novembro com debate sobre impactos do racismo no mundo do trabalho


Coletivo de combate ao racismo, composto por estaduais e ramos, se reúnem nos dias 21 e 22, em SP, para definir lutas para 2025

Publicado: 19/11/2024
Escrito por: CUT Brasil

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Em celebração ao Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado nesta quarta-feira (20), o Coletivo de Combate Nacional de Racismo da CUT vai debater os impactos de um dos maiores entraves para a população negra no mercado de trabalho, o racismo estrutural. O encontro será realizado nos dias 21 e 22 deste mês, a partir das 9h, na sede da CUT Nacional, no Brás, em São Paulo.

O Dia Nacional da Consciência Negra lembra a morte de Zumbi dos Palmares, que lutou contra a escravidão do seu povo. A data, que lembra a morte do líder do Quilombo dos Palmares, tornou-se feriado nacional após a promulgação de um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no final de 2023.

Além dos debates terem como objetivo o resgate das lutas da CUT no combate ao racismo e entender as conexões de luta antirracista da classe trabalhadora, o evento vai discutir as ações prioritárias para o ano de 2025, que terá a 5ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir) e a Marcha das Mulheres Negras.

A secretária nacional de Combate ao Racismo da CUT, Júlia Nogueira, explica que o encontro com os coletivos estaduais e ramos será importante para pensar estratégias e planejar as lutas antirracistas para o ano que vem.

“Nessa mesma reunião do coletivo dos dias 21 e 22 iremos, de forma coletiva, pensar quais ações a CUT vai propor durante a 5ª Conapir, que trata a democracia e a reparação racial como o eixos principais da conferência. É fundamental também que nesta reunião do coletivo possamos pensar e estabelecer as ações prioritárias, evidentemente que vinculadas ao mundo do trabalho, que a CUT vai propor na conferência”, diz a dirigente.

Convidados

O encontro do Coletivo de Combate ao Racismo da CUT contará com as participações de Rosa Negra, do Movimento Negro Unificado (MNU), Nuno Coelho, dos Agentes de Pastoral Negra (APNs), Marina, da União de Negros pela Igualdade (Unegro) e vice-presidenta do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR), Cledisson Júnior, do Ministério da Igualdade Racial (MIR), Almir Aguiar, da Juventude Negra Viva e secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, além de Matilde Ribeiro, ex-ministra da Secretaria Executiva de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR).

Dados

Os dados sobre o mercado de trabalho mostram que pessoas negras formam a parcela com as piores condições de emprego e renda do país. De acordo com o movimento negro, isso é resultado de um processo histórico, fruto do chamado racismo estrutural.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as desigualdades raciais no mercado de trabalho brasileiro são evidentes. No 4º trimestre de 2023, entre as mulheres ocupadas com inserção informal no mercado de trabalho, 41% eram negras e 31% não negras.

O levantamento aponta que 91% das trabalhadoras domésticas no Brasil são mulheres e 67% delas são negras.

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