Contra a cultura do ódio. Por uma primavera progressista

Da Ascom Sindsep-PE

Se havia alguma dúvida que o Brasil estaria sob o regime fascista em um Estado de Exceção, os fatos ocorridos nos últimos tempos trouxeram a certeza. Ao contrário do que argumentam os conservadores, de que a morte da Marielle Franco tornou-se palanque político, o assassinato da vereadora do Psol foi na verdade o estopim para o surgimento de uma frente de resistência contra toda essa onda de retrocesso e cultura do ódio que toma conta do país, quem sabe, uma primavera progressista, com flores brotando em vários países.

É lamentável que muitos dos que condenam os protestos sejam os mesmos que alimentam a cultura de ódio no país. Foi esse sentimento que apedrejou e alvejou a caravana de Lula pela região Sul, num episódio de xenofobia contra um nordestino, de origem humilde e sem curso superior, que chegou ao posto mais alto do país: a Presidência da República.

A mesma cultura do ódio que apoia medidas autoritárias, como a intervenção militar no Rio de Janeiro, que constrange moradores e vitima inocentes em supostas trocas de tiro.

Que essa onda de protestos, puxada pelo assassinato de Marielle Franco, não esfrie depois de um certo tempo. Pelo contrário, que  se alastre,  como fogo em floresta, em proporções irreparáveis, e que, ao invés de devastar a natureza, faça florescer uma primavera com novas cores e mais amor e solidariedade. Que venha um novo dia, um novo amanhecer, uma nova ordem!