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O Cafezinho
A Petrobras acaba de dar o “drible do dragão” nas forças especulativas que tentam vergá-la, tentando abocanhar pedaços maiores da nossa indústria de petróleo e atividades agregadas.
À diferença da mídia, da direita e do exército de zumbis que marcham nas ruas pedindo intervenção militar, a China não quer que a Petrobrás saia do controle do Estado brasileiro.
Porque a China sabe que, se isso acontecer, ela vai acabar nas mãos de empresas norte-americanas, ou seja, sob controle do governo americano.
Para quebrar a Petrobras, portanto, a mídia e a oposição (um monstro com dois troncos, mas uma só cabeça) terão que passar por cima do cadáver do governo Dilma, dos movimentos sociais, das maiores centrais sindicais, dos estudantes, e agora também do dragão chinês.
A operação foi concluída, nessa quarta-feira, um dia após a estatal anunciar a venda de ativos na área de exploração e produção de petróleo na Argentina por US$ 101 milhões. A Petrobras assinou um contrato de financiamento com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB), no valor de US$ 3,5 bilhões (R$ 11 bilhões).
Às 10h50m, as ações ordinárias e preferenciais da empresa subiam com força na Bolsa de Valores de São Paulo: em torno de 5%. Segundo um especialista, essa operação mostra o esforço da nova direção em captar recursos para melhorar o caixa da companhia.
Com limites para realizar captações no mercado, em meio as denúncias midiáticas que envolvem a empresa, a Petrobras disse anteriormente que estudava “outras possibilidades de financiamento e incremento de fluxo de caixa”, para fazer frente aos pesados investimentos projetados.
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o contrato de financiamento assinado hoje na China é o primeiro de um acordo de cooperação que será implementado ao longo de 2015 e 2016. A operação foi fechada durante visita do diretor financeiro, Ivan Monteiro, à China.
O contrato de financiamento foi assinado pela Petrobras Global Trading BV (PGT), subsidiária da Petrobras. Segundo a Petrobras, “as duas partes confirmaram a intenção de desenvolver novas cooperações no futuro próximo.”
O contrato é um importante marco para dar continuidade à parceria estratégica com a China, para onde a estatal exporta petróleo, “fortalecendo as sinergias entre as economias dos dois países”.