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Central de Atendimento à Mulher completa 10 anos com 4,7 milhões de denúncias de violência de gênero


Celebrado no Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher, evento comemorativo da década de existência do canal de denúncias Ligue 180 contou com a participação da representante da ONU Mulheres. Campo Grande é cidade com maior número de denúncias, seguida por Rio de Janeiro e Natal

Publicado: 30/11/2015
Escrito por: ONU no Brasil

No Dia Internacional Para a Eliminação da Violência Contra a Mulher, celebrado nesta quarta-feira (25), a Central de Atendimentos à Mulher – Ligue 180 – também comemorou dez anos de existência em um evento realizado em Brasília. A iniciativa já recebeu 4,7 milhões de denúncias de casos de violência de gênero, e foi criada pelo Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos.

O evento contou com a presença da representante da ONU Mulheres, Nadine Gasman, da titular do Ministério das Mulheres, Nilma Lino Gomes, a secretária especial de Políticas para as Mulheres do Governo Federal, Eleonora Menicucci, e outras organizações não-governamentais.

Entre as denúncias recebidas pela Central de Atendimento, cerca de 552 mil foram relatos de violência, sendo 56,72% de agressão física, e 27,74%, psicológica.

Há dez anos, o serviço se consolidou como canal de informações sobre legislações e direitos, e recebeu denúncias sobre crimes relacionados a gênero, fornecendo atendimento especializado para mulheres em situação de violência. O Ligue 180 forneceu 1,6 milhão de informações e mais de 8 mil encaminhamentos a serviços da Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.
Dados de violência de gênero de 2015
Em 2015, de janeiro a outubro, a Central realizou, em média, 630 mil atendimentos. Foram cerca de 63 mil mensais e 2,1 mil diários. Essa quantidade foi 56,17% superior ao número de atendimentos realizados no mesmo período de 2014 (406.515).

Do total de atendimentos deste ano, 39,52% corresponderam à prestação de informações, principalmente sobre a Lei Maria da Penha; 9,65% foram encaminhamentos para serviços especializados; e 40,28% encaminhamentos para outros serviços de tele atendimento, tais como 190 da Policia Militar, 197 da Polícia Civil e Disque 100 da Secretaria de Direitos Humanos.

Em 2015, do total de atendimentos, mais de 63 mil foram relatos de violência, dos quais 58,55% foram cometidos contra mulheres negras. Na avaliação dos técnicos da Central, esses dados demonstram a importância da inclusão de indicadores de raça e gênero nos registros administrativos referentes à violência contra as mulheres.

Dentre os relatos, 49,82% foram de violência física; 30,40%, de violência psicológica; 7,33% de violência moral; 2,19% de violência patrimonial; 4,86% de violência sexual; 4,87% de cárcere privado; e 0,53% de tráfico de pessoas.

Em comparação com o mesmo período em 2014, a Central de Atendimento à Mulher constatou que houve aumento de 300,39% nos registros de cárcere privado, com média de dez registros diariamente; de 165,27% nos casos de estupro, com média de oito relatos/dia, ou seja, a cada 3 horas é registrado um caso de estupro no Ligue 180; e de 161,42% nos relatos de tráfico de pessoas, com registro médio de 1 registro/dia.

Campo Grande permanece com a maior taxa de relatos de violência, seguida por Rio de Janeiro e Natal. Foi em Campo Grande que a Secretaria de Políticas para as Mulheres inaugurou a primeira Casa da Mulher Brasileira, em fevereiro de 2015. Entre as unidades da federação, foi no Distrito Federal a maior taxa de relatos de violência pelo Ligue 180, seguido por Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro.

Nos primeiros seis meses de 2015, o Ligue 180 atendeu todas as 27 unidades da federação, com média de 52,45 relatos de violência por 100 mil mulheres.

A quantidade de relatos de agressão entre janeiro e outubro de 2015 foi 40,33% superior aos relatos registrados no mesmo período em 2014 (44.957).

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