Com a resistência do Governo em negociar as Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665 a CUT e as demais centrais sindicais decidiram levar o tema ao Congresso Nacional
Publicado: 04/02/2015 Escrito por: CUT
Com a resistência do Governo em negociar as Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, a CUT e as demais centrais sindicais decidiram levar o tema ao Congresso Nacional. Como as MPs que restringem as regras para concessão de benefícios trabalhistas e previdenciários precisam ser aprovadas pelo Congresso, os sindicalistas querem ganhar tempo, fazendo uma negociação tripartite entre as centrais, governo e parlamentares.
A decisão foi tomada ontem, em São Paulo, durante reunião entre os dirigentes sindicais e ministros Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência da República, Carlos Gabas, da Previdência Social, Nelson Barbosa, do Planejamento, e Manoel Dias, do Trabalho.
Apesar de não querer revogar as MPs, o Governo se comprometeu a debater a pauta dos trabalhadores, que inclui itens como uma alternativa ao fator previdenciário, redução de jornada para 40 horas sem redução de salário, redução dos juros e do superávit primário, combate a terceirização e à rotatividade.
“No Congresso, além de negociar, vamos manter as nossas bases permanentemente mobilizadas para pressionar e fazer o enfrentamento. O ajuste fiscal não pode e não vai ser feito em cima dos/as trabalhadores/as”, comentou o presidente da CUT, Vagner Freitas. A ideia é criar uma frente parlamentar formada por deputados e senadores comprometidos com os direitos dos trabalhadores.