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Caruaru recebe encontro de políticas públicas


Depois de levar o Encontro de Gênero, Raça/Etnia e Saúde do Trabalhador para os servidores federais de Garanhuns e região, o Sindsep-PE promoveu, nos dia 24 e 25 de agosto, o mesmo evento no município de Caruaru

Publicado: 25/08/2015

Ascom Sindsep

Depois de levar o Encontro de Gênero, Raça/Etnia e Saúde do Trabalhador para os servidores federais de Garanhuns e região, o Sindsep-PE promoveu, nos dia 24 e 25 de agosto, o mesmo evento no município de Caruaru. No primeiro dia, a diretora de Políticas Públicas do Sindicato, Lindinere Ferreira, falou sobre a problemática da mulher e da população negra no Brasil, abordando desde a violência simbólica e física vivenciada por esses setores, até como eles estão posicionados no mercado de trabalho.

Lindinere começou resgatando historicamente a luta da mulher pela igualdade de gênero, os entraves enfrentados ao longo dos anos, as conquistas, até chegar ao momento atual, onde ainda há muito o que se galgar. Ela lembrou a história de figuras importantes nesse contexto como Tarsila do Amaral, Chiquinha Gonzaga, Pagu e Simone de Beauvoir.

A sindicalista continuou sua palestra retratando a realidade dos negros, desde a transferência dessas pessoas da África para o Brasil - nos séculos 16, 17, 18 e 19 -, até os dias de hoje, culminando com o maior dos golpes sofridos por essa população, que foi a aprovação na Câmara dos Deputados da redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. Caso entre em vigor – a proposta ainda precisa ser aprovada pelo Senado – a grande maioria das pessoas que deverá ser enquadrada na lei será negra, os jovens negros e pobres.

A coordenadora geral do Sindspep, Graça Oliviera, complementou a fala de Lindinere e apresentou dados do Dieese sobre a mulher e o negro no mercado do trabalho. Salientou a preocupação antiga do Sindicato de levar esse debate para a base dos servidores federais e lembrou da criação, no início dos anos 2000, do Coletivo de Gênero, Raça e Etnia da entidade e do Grupo de Identidade Masculina. Para finalizar o primeiro dia do encontro, a obstetra do INSS, Márcia Virgínia, chamou atenção do alto índice de adoecimento por parte da mulher, por conta da sobrecarga de trabalho e dos afazeres domésticos.

No segundo dia, o debate girou em torno da saúde do trabalhador. Começou com uma dinâmica de grupo, onde os presentes puderam identificar, no próprio corpo, as partes que mais sentem dor, o que, muitas vezes, é só o início de um processo de adoecimento. Na sequência, o gerente de Vigilância de Saúde da 4ª Geres, Efraim Naftali, falou sobre o marco regulatório e as legislações que garantem o atendimento à saúde dos trabalhadores.

“O trabalho também adoece. Então, é preciso criar políticas públicas para atender a classe trabalhadora”, destacou, para acrescentar: “Há um vazio muito grande em relação a esse atendimento”. Efraim se referiu à falta de aplicação da legislação, o que compromete o serviço oferecido. O especialista falou que, muitas vezes, o que leva o trabalhador a adoecer é a extensa carga de trabalho e a falta de lazer, ou seja, a ausência de qualidade de vida. Ao final, mais uma dinâmica de grupo, dessa vez para os participantes fazerem uma avaliação sobre os debates. Para concluir, Lindinere Ferreira falou da importância do evento.

“É grande a necessidade desse tipo de debate porque fica muito clara a ausência de informações sobre as políticas públicas de gênero, raça, etnia e, principalmente, de saúde do trabalhador dentro da categoria. A construção de espaços como esse, envolvendo os movimentos sindical e sociais, reflete na importância de juntos atuarmos na efetivação e implementação dessas políticas. Não basta apenas ter lei, é preciso a sociedade se unir para que esses serviços cheguem até às pessoas e à classe trabalhadora. Convocamos os servidores para os próximos encontros, no sentido de fortalecermos não só o nosso Sindicato, mas a luta para que essas políticas sejam implantadas. O Sindsep está no caminho certo.”

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