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Caravanas de servidores fortalecerão a Jornada de Luta em Brasília


Servidores federais de vários estados brasileiros se encaminharão até Brasília, nesta quinta-feira (28), para fortalecer as mobilizações pela recomposição salarial de 19,99% para todos e todas servidores e servidoras públicas federais

Publicado: 26/04/2022


Caravanas de servidores federais de vários estados brasileiros se encaminharão até Brasília, nesta quinta-feira (28), para fortalecer as mobilizações da Jornada de Luta pela recomposição salarial de 19,99% para todos e todas servidores e servidoras públicas federais, cancelamento da PEC 32 e revogação da Emenda Constitucional 95. O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) protocolou mais um pedido de audiência junto ao Ministério da Economia também para a próxima quinta (28). Isso porque o governo continua se negando a iniciar um processo de negociação com os servidores, enquanto repassa uma série de informações desencontradas pela imprensa.

Também será mantida a vigília diária e permanente em frente ao Bloco P do Ministério da Economia, onde o ministro Paulo Guedes dá expediente. 

Durante uma entrevista coletiva concedida na última sexta-feira, 22, o ministro da Economia entrou em contradição com suas declarações anteriores. Guedes defendeu o reajuste linear de 5%, alegando que a alternativa seria “eleitoralmente factível”. Ou seja, depois de três anos insultando os servidores públicos e promovendo o congelamento de seus salários, o governo Bolsonaro pretende dar um reajuste de apenas 5% para ganhar votos e tentar reeleger o presidente. Em declarações anteriores, o próprio Guedes havia dito que a reposição dos salários poderia “destruir a economia”. 

Mas está muito claro para todos os trabalhadores brasileiros que quem está destruindo a economia é o próprio Paulo Guedes. 

“Como poderemos ser culpados por destruir a economia se estamos há mais de cinco anos com nossos salários congelados!? Esses salários deveriam sofrer reposição anualmente. Mas, depois de três anos, Bolsonaro e Paulo Guedes não querem nem dialogar conosco. Falam, pela imprensa, em um reajuste de apenas 5%. Um percentual irrisório levando em consideração todos os anos de defasagem salarial e  a nossa perda de poder de compra”, comentou o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira. 

Os servidores públicos federais acumulam perdas salariais superiores a 40%. Só em 2021, a inflação superou os dois dígitos e nos três primeiros meses deste ano bateu novos recordes. Em março, a alta dos preços foi a maior para o mês desde o início do Plano Real.  

E Bolsonaro só não promove uma reposição inflacionária de 19,99% se não quiser. O governo destinou R$ 37,6 bilhões para emendas parlamentares na Lei Orçamentária 2022, dos quais R$ 16,5 bilhões são do "orçamento secreto". Também foi reservado R$ 2 trilhões para pagar os juros da dívida pública. “Ou seja, o governo tem recursos. Basta promover uma readequação e nos conceder uma reposição salarial justa”, destacou o secretário-geral do Sindsep-PE, Felipe Pereira.      

O último reajuste foi concedido aos servidores federais durante o governo da presidenta Dilma Rousseff. Na época, sob pressão dos sindicatos, foi negociado um aumento de cerca de 10,8% para várias carreiras de servidores civis federais, parcelado ao longo de dois anos (2016 a 2017). Outras categorias chegaram a receber cerca de 20%. Os servidores também conquistaram, naquele período, a incorporação de 100% da gratificação de desempenho e da Gacen à aposentadoria. 
 

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