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Bulbo úmido: entenda por que Brasil pode ficar inabitável em 50 anos


A temperatura de bulbo úmido, que combina temperatura e umidade do ar, é mais precisa para medir o conforto térmico e o impacto no corpo humano. Com temperaturas acima de 37°C e umidade superior a 70%, problemas de saúde podem surgir rapidamente

Publicado: 23/07/2024
Escrito por: Portal DCM

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Pessoa tenta se refrescar de calor extremo – Foto: Reprodução

Considerado o fenômeno climático mais letal, o calor extremo pode tornar áreas do Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste do Brasil inabitáveis dentro de 50 anos.

O estudo, liderado por Colin Raymond do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, utilizou imagens de satélite e projeções de temperatura de bulbo úmido, publicando seus resultados na Science Advances.

A temperatura de bulbo úmido, que combina temperatura e umidade do ar, é mais precisa para medir o conforto térmico e o impacto no corpo humano.

Com temperaturas acima de 37°C e umidade superior a 70%, problemas de saúde podem surgir rapidamente. Entre 2000 e 2019, o calor matou 489 mil pessoas por ano no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Mundial de Meteorologia (OMM). No entanto, estima-se que o número real de mortes seja 30 vezes maior, totalizando cerca de 14,67 milhões de mortes anuais, antes mesmo das ondas de calor recordes de 2023 e 2024.

A temperatura de bulbo úmido é crucial para entender o risco. Por exemplo, 35°C de bulbo úmido equivalem a 45°C com 50% de umidade, resultando em uma sensação térmica de 71°C, mais escorchante do que no deserto.

Para exemplificar, ondas de calor recentes nos EUA e Europa giram em torno de 30°C de bulbo úmido, enquanto lugares como Paquistão e países do Golfo Pérsico registram valores ainda mais altos.

Regiões como o Sul da Ásia, Golfo Pérsico, Mar Vermelho, partes da China, Sudeste Asiático e Brasil poderão enfrentar condições inabitáveis até 2070. A umidade elevada impede a transpiração eficaz, essencial para o resfriamento corporal.

Termômetro de SP registra 39 graus célsius – Foto: Reprodução

Em cenários extremos, a umidade do ar pode ser letal. Altas temperaturas também podem dificultar a vida. Em dias quentes, o corpo se estressa para se resfriar, causando sobrecarga ao organismo, o que pode gerar desconforto e lesões, agravar doenças preexistentes e, em alguns casos, ser fatal.

Vale ressaltar que doenças cardiovasculares são a principal causa de morte relacionada ao calor, seguidas por doenças respiratórias que se agravam durante ondas de calor.

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