Brasileiros voltarão às ruas para defender a democracia no 7 de setembro

O Brasil fará um 7 de setembro memorável em defesa da democracia na próxima terça-feira. Nas capitais e municípios do interior de todos os estados brasileiros, milhares de pessoas estarão unidas em defesa do país e em combate aos ataques que vêm sendo promovidos contra a nação por um governo que tem como principal objetivo promover o desmonte do Estado. Atos também acontecerão em países como Portugal, Espanha, Alemanha e Áustria.  Será a 27ª edição do Grito dos Excluídos. 

Em Pernambuco, haverá mobilizações em cidades como o Recife (com concentração às 10h na Praça do Derby e caminhada até Pátio do Carmo), Caruaru (com concentração às 14h no Morro Bom Jesus), em Ouricuri (concentração às 8h na praça do Banco do Nordeste), Petrolina (com concentração às 6h na praça da Juventude) e Surubim. No sábado (04), foi realizado um ato unificado do Sertão do Pajeú em Afogados da Ingazeira.  As recomendações sanitárias são as de sempre. Todos devem estar usando máscaras, álcool 70º, manter distanciamento social e evitar contato físico com outras pessoas. 

Este ano, o Grito será unificado com as frentes Brasil Popular, Povo sem Medo e com o Comitê Fora Bolsonaro, além das centrais sindicais, movimentos sociais, entidades da sociedade, partidos progressistas num total de mais de 80 organizações. O lema deste ano é: “Na luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda já!” 

Servidores

Ano após ano, desde que foi criado, em 1995, pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), os servidores públicos participam do Grito do Excluídos. No entanto, a categoria estará especialmente envolvida nesta edição por causa dos ataques que o governo Bolsonaro tem promovido contra o funcionalismo público brasileiro. Um exemplo é o projeto de reforma Administrativa (PEC-32). O objetivo central do governo é o de promover o desmonte de todas as políticas públicas para que a iniciativa privada possa ingressar nos diversos setores do estado e passe a oferecer os serviços, que hoje são gratuitos ou a baixo custo, à população.  

“Com o corte de investimento e o desmonte de áreas como a educação, saúde e segurança, os empresários tomarão conta desses setores e passarão a cobrar altos preços para oferecer seus serviços à população. Como o estado estará engessado, quem não puder pagar os valores cobrados ficará à margem da sociedade”,  comentou o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.   

Bolsonaro e seus aliados também pretendem acabar com os concursos públicos para poderem indicar seus aliados para ocupar funções estratégicas no governo, o que irá promover a corrupção desenfreada nas três esferas de poder: federal, estadual e municipal. 

Ao Fora Bolsonaro e ao combate a PEC-32, se somarão outras bandeiras de luta da classe trabalhadora como o emprego de qualidade, trabalho e salário decentes; combate à carestia, ao aumento da inflação e à fome. A luta também é contra as privatizações; por uma reforma Tributária justa, solidária e sustentável, além de medidas para o enfrentamento à pandemia, como o auxílio emergencial de R$ 600, e vacina já para todas as pessoas.