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Brasileiro está fazendo empréstimo para comprar comida e pagar conta


A crise econômica nacional, provocada pela incompetência do governo Bolsonaro em lidar com a economia, está afetando violentamente as condições de vida dos mais pobres

Publicado: 29/11/2022


A crise econômica nacional, provocada pela incompetência do governo Bolsonaro em lidar com a economia, está afetando violentamente as condições de vida dos brasileiros e brasileiras das classes sociais menos favorecidas. Uma pesquisa do instituto Plano CDE constatou que, durante o governo Bolsonaro, os integrantes das classes C,D e E vêm recorrendo a empréstimos para comprar comida e pagar contas básicas de água, luz e aluguel, entre outras. 

A empresa de pesquisa e consultoria de avaliação de impacto, especializada nas famílias das classes CDE no Brasil, questionou os entrevistados sobre os motivos que os levam ou levariam a tomar um empréstimo. Entre 45% e 50% dos integrantes das classes C, D e E responderam que a alimentação e as contas do mês foram ou seriam a principal finalidade. Esse percentual é de 30% entre as classes A e B.

Levando em consideração todas as classes, 42% afirmam ter alguma dívida em atraso e estão contraindo empréstimos ou poderiam contrair para quitá-la. 

Segundo o levantamento, cerca de 50% das famílias tomaram algum tipo de empréstimo no último ano. Esses empréstimos foram concedidos principalmente por familiares e amigos, seguidos por bancos digitais e tradicionais. 

A pesquisa do Plano CDE teve abrangência nacional e ouviu 2.370 pessoas de todas as classes sociais, entre 26 de julho e 9 de agosto de 2022. 

A cilada do consignado

Brasileiros e brasileiras também foram vítimas de uma jogada de campanha de Bolsonaro: o empréstimo consignado voltado aos beneficiários do Auxílio Brasil. Os juros altos deste empréstimo, acima dos valores praticados no mercado, estão fazendo com que as famílias entrem em um espiral de dívidas que não conseguem mais sair. 

O Auxílio Brasil no valor de R$600,00, aprovado pelo Congresso Nacional, tem amenizado o sofrimento de milhares de famílias, mas não tem sido suficiente. A inflação brasileira tem corroído o dinheiro dos trabalhadores. Além dos preços mais caros nos supermercados, feiras livres, comércio e postos de gasolina, o mercado está desaquecido, os juros estão altos e o desemprego vem batendo níveis recordes, gerando fome e miséria em todo o país.   

Servidores 

E os servidores públicos estão sofrendo diretamente com a situação. Os funcionários públicos estão há mais de seis anos com seus salários congelados, sem nenhum tipo de reposição, o que resultará em perdas salariais que até dezembro devem superar os 32%. 

O Fonasefe, que reúne as entidades nacionais representativas das servidoras e dos servidores públicos federais, protocolou no último dia 17 de novembro, uma carta de reivindicações junto à equipe de transição do governo Lula. 

Os servidores querem que a equipe de transição faça a readequação do Projeto de Lei Orçamentária Anual 2023 (PLOA 2023), para que o próximo governo possa conceder um reajuste linear emergencial correspondente à inflação do período do governo Bolsonaro. Enquanto a inflação acumulada de janeiro de 2019 a dezembro de 2022 chegará aos 27%, os salários de servidores(as) públicos(as) federais permaneceram congelados. O Projeto de Lei Orçamentária Anual 2023 (PLOA 2023), encaminhado pelo governo Bolsonaro, não prevê orçamento para atender a reposição salarial linear.

"Não podemos ficar mais um ano sequer sem reajuste. A nossa situação é muito delicada. Perdemos um percentual alto de nossos salários sem a reposição inflacionária desses anos. Por isso a necessidade de continuarmos unidos em luta pela reposição", comentou o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira. 
 

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