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Brasil é um dos três países do mundo onde a confiança na mídia mais caiu


Graças às fake news e às notícias "distorcidas", pela primeira vez a mídia aparece como a menos confiável entre as instituições

Publicado: 02/04/2018
Escrito por: Portal Imprensa

O estudo global Edelman Trust Barometer 2018, divulgado no último dia 28 de março, pela Edelman apontou pela primeira vez que a mídia é a instituição menos confiável ao redor do mundo. O resultado apontou que em 22 dos 28 países, ela se encontra no território da desconfiança. 

O Brasil está entre as nações que registraram as maiores quedas, ao lado da Índia e dos Estados Unidos. A confiança na mídia nos três países caiu cinco pontos e chegou a 43%. A redução da confiança nas plataformas digitais (mecanismos de busca e redes sociais) está entre as responsáveis pelo cenário e entre os brasileiros também caiu cinco pontos, chegando a 64%. 

Ao investigar com maior profundidade a Mídia, nessa edição, o Trust Barometer traz como tema central as fake news. A proliferação de notícias falsas ou distorcidas representa papel importante na queda da confiança tanto da mídia quanto nas outras instituições (governo, empresas e ONGs). Sinal disso é que 58% dos brasileiros não sabem diferenciar o que é verdade do que é mentira; 68% não sabem em quais políticos confiar e 48% não sabem em quais companhias ou marcas confiar. E mais: 75% têm medo que as fake news sejam usadas como armas.

A pesquisa também trato sobre o ceticismo em relação a veículos de imprensa. Para 74% dos brasileiros, jornais, rádios, emissoras de TV e internet estão mais procurados em atrair uma grande audiência do que em noticiar. Outros 71% acreditam que os meios de comunicação sacrificam a exatidão para serem os primeiros a darem uma notícia. Já 67% dizem que os veículos apoiam uma ideologia em vez de informar o público.

O engajamento no consumo de notícias de grandes veículos também foi avaliado. Segundo o documento, 39% estão desengajados e consomem notícias menos de uma vez por semana. Outros 23% consomem cerca de uma ou duas vezes por semana. Já 38% leem notícias uma ou mais vezes por semana e compartilham ou postam esses conteúdos várias vezes por mês.

Quando o assunto é porta-voz mais crível, houve um avivamento da fé em especialistas e um declínio na credibilidade entre pares (amigos e familiares) globalmente. No Brasil, as principais vozes que representam especialistas recuperaram credibilidade: o sentimento em relação aos jornalistas aumentou 12 pontos para 47%; nos oficiais do governo, seis pontos para 28% e nos CEOs, quatro pontos para 52%.

A credibilidade da pessoa comum, por sua vez, despencou oito pontos para 70%. Ela, no entanto, continua sendo o porta-voz mais confiável na opinião dos respondentes. Diante disso, pode-se inferir que a queda na confiança em amigos e familiares é mais um reflexo de sociedades polarizadas, onde as pessoas priorizam ouvir, ler e compartilhar pontos de vistas semelhantes aos seus seguindo a tendência do viés de confirmação.

Em meio à crise de confiança e às fake news, a expectativa é de que as instituições se posicionem de maneira transparente. “A confiança só será recuperada quando a verdade voltar para o centro do palco. As instituições devem atender ao apelo do público para fornecer informações precisas e oportunas e se juntarem ao debate público”, conclui Richard Edelman, presidente e CEO global da Edelman.

O Edelmant Trust Barometer entrevistou mais de 33 mil pessoas de 28 países entre os dias 28 de outubro e 20 de novembro de 2017.
 

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