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Bolsonaro é o maior culpado pela inflação descontrolada no Brasil


Foi o presidente quem nomeou e mantém intocável o Ministro da Economia, Paulo Guedes. Graças a sua má gestão econômica, o Brasil está há mais de seis meses com a inflação ao consumidor acumulada acima de 10%

Publicado: 05/04/2022


A inflação brasileira está completamente descontrolada devido a incompetência de quem está à frente do governo. Ou seja, o presidente da República, Jair Bolsonaro. Foi ele quem nomeou e mantém intocável o Ministro da Economia, Paulo Guedes. Graças a má gestão econômica do atual governo, o Brasil já está há mais de seis meses com a inflação ao consumidor acumulada acima de 10%. Desde setembro de 2021, que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registra inflação de dois dígitos no acumulado de 12 meses. 

A política de paridade internacional dos preços dos combustíveis mantida pelo governo Bolsonaro é o motivo pelo qual o país se encontra à beira de um abismo sócio-econômico.  O preço do barril do petróleo já sofreu valorização de mais de 60%, apenas em 2022. Como o valor dos combustíveis no Brasil segue o aumento internacional do petróleo e o real sofreu grande desvalorização diante do dólar, desde que a ex-presidenta Dilma Rousseff sofreu um golpe que a retirou do governo, os aumentos constantes são inevitáveis. 

“Antes, o governo tinha um controle sobre o valor do petróleo e garantia um preço reduzido. Hoje, cada vez que o barril aumenta lá fora, temos aumento aqui dentro. E o aumento dos combustíveis influencia diretamente no aumento de todos os demais produtos comercializados em território nacional, desde alimentos, passando por vestuário a equipamentos eletroeletrônicos. Enfim, tudo”, comentou o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira. 

Importante lembrar que, quando Bolsonaro assumiu a Presidência, o Brasil estava em condição de autossuficiência na produção de petróleo cru e alta capacidade de refino. 

Enquanto a população volta a cozinhar em fogão a lenha, por causa do preço elevado do gás de cozinha, os acionistas estrangeiros da Petrobras veem seus lucros batendo recorde em bilhões de reais. A privatização de refinarias da BR Distribuidora e de gasodutos acabou por prejudicar ainda mais a capacidade produtiva da Petrobras. Hoje, 390 empresas importam o petróleo refinado e também garantem grandes lucros para seus proprietários.

Enquanto isso, os trabalhadores brasileiros estão com seus salários congelados, assim como os servidores públicos que não recebem nenhum tipo de reajuste há mais de cinco anos. É por isso, que os trabalhadores irão realizar o Dia Nacional de Mobilização contra o aumento dos combustíveis, a fome e o desemprego, no próximo sábado (09). No Recife, haverá ato com concentração, às 9h, no paque 13 de Maio.   

Alimentos

Além da alta do valor dos combustíveis, o preço de alimentos também vem sendo inflacionados pelo incentivo do governo Bolsonaro ao modelo de produção do agronegócio, a monocultura. O agronegócio prioriza produtos para a exportação, em detrimento da Agricultura Familiar no Brasil, responsável por cerca de 70% do que vai à mesa dos brasileiros. Mas tudo o que o governo Bolsonaro tem feito é retirar recursos da agricultura familiar e de políticas públicas que garantem segurança alimentar.

O desmonte da Conab é mais um exemplo do quanto o desgoverno Bolsonaro tem sido nocivo para os brasileiros e brasileiras. Em 2019, o governo fechou 27 armazéns da Conab responsáveis pela distribuição e controle dos alimentos e de seus preços, combate à fome, proteção a pequenos agricultores, atuação em casos de desastres ambientais, entre outras políticas. 

Nesses armazéns da Conab, eram estocados os alimentos produzidos no país e comprados pelo governo. Quando os alimentos apresentavam alta de preços, o governo vendia os estoques por preços mais baixos, exercendo um controle. Em dezembro de 2013, o país tinha 904 toneladas de arroz estocadas. Hoje, são apenas 1,7 toneladas, o que não garante nem uma semana de consumo no país. Atualmente, o agronegócio controla os preços e consegue obter mais lucro vendendo a produção para outros países, devido à alta do dólar, desabastecendo o mercado nacional. 

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