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Bolsonaristas promovem atos de terror em Brasília e não são presos


Alguns poucos apoiadores radicais do presidente Bolsonaro conseguiram transformar o centro da Capital Federal em um campo de guerra

Publicado: 13/12/2022


E Brasília esteve sob ataque fascista na noite dessa segunda-feira (12)! Alguns poucos apoiadores radicais do presidente Bolsonaro conseguiram transformar o centro da Capital Federal em um campo de guerra. Ônibus e carros queimados, tentativa de invasão da Polícia Federal, distúrbio e quebradeira, ameaças à população. Eles ainda depredaram uma delegacia da Polícia Civil, mantiveram civis como reféns e lançaram bombas caseiras pelas ruas da cidade. A polícia Militar interviu, mas ninguém foi preso. Enquanto isso, Bolsonaro deu abrigo ao blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, no Palácio da Alvorada.

O blogueiro é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito do inquérito que apura a atuação das milícias digitais e a realização de atos antidemocráticos. Ele entrou no Palácio do Alvorada em meio ao vandalismo promovido pelos bolsonaristas, depois da prisão de uma de suas lideranças, o indígena José Acácio Serere Xavante. 

O indígena foi preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República, por ser um dos líderes dos atos antidemocráticos e por ter convocado atiradores para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar de se autoproclamar “cacique”, ele não seria um líder tradicional na sua etnia, a Terra Indígena Parabubure, onde vive parte da população Xavante. Serene se casou com uma não-indígena e hoje atua como pastor evangélico na cidade. 

Durante o dia, os vândalos estavam no Palácio da Alvorada e foram recebidos com alimentação fornecida pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Enquanto Brasília era incendiada, o ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres, ficou fazendo postagem no Twitter. "Ou seja, esses vândalos estão recebendo apoio direto da família Bolsonaro e o ministro da Justiça não tomou nenhuma atitude para contê-los. Eles terão que ser presos e responsabilizados pelo que fizeram", comentou o secretário-geral do Sindsep-PE, José Felipe Pereira. 

O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), foi quem teve que agir, entrando em contato com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, para garantir a contenção dos atos terroristas. Segundo Dino, “as investigações serão feitas” e as pessoas “serão responsabilizadas”. 

Em nota, o Conselho Federal e a Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) repudiaram os atos terroristas de bolsonaristas e exigiram a prisão dos terroristas.

A violência bolsonarista aconteceu poucas horas após a realização da cerimônia de diplomação de Lula. Segundo matéria do Estado de São Paulo, uma das primeiras ordens que o presidente dará às Forças Armadas será para desfazerem os atos golpistas que os bolsonaristas fazem em frente a diversos quartéis do país. A orientação será passada na primeira conversa que Lula terá com os novos comandantes militares, a serem ainda confirmados por ele. 
 

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