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Biden e Trump vencem 'Super Terça' e Nikki Haley desiste de candidatura sem apoiar colega republicano


Professor da UFABC, Giorgio Romano, comenta resultados das prévias e movimentos daqui pra frente na disputa eleitoral

Publicado: 07/03/2024

Do Brasil de Fato

Joe Biden, atual presidente dos Estados Unidos, e Donald Trump virtuais candidatos de seus partidos nas eleições para a Casa Branca após a 'Super Terça', quando vários estados realizaram prévias simultâneas. As eleições no país acontecem em novembro. 

Pelo Partido Democrata, Biden venceu em todos os estados onde as prévias ocorreram. Já no lado republicano, Trump perdeu apenas no estado de Vermont, no nordeste dos EUA, onde Nikki Haley saiu vitoriosa. Porém, Haley acumulou derrotas e anunciou nesta quarta-feira (6) a sua desistência da candidatura. 

Giorgio Romano, professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC (UFABC), analisou os resultados da 'Super Terça' em entrevista ao Central do Brasil desta quarta-feira (6). Ele afirma que os resultados foram os esperados. Entretanto, o estado onde a ex-governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, conseguiu mais votos chama a atenção do Partido Republicano.

"Se havia alguma dúvida, o resultado ontem mostrou que Trump manda no partido, que o partido hoje está com Trump. Uma pequena parte ainda sonha com o velho Partido Republicano, mais institucional. Mas Trump que conseguiu, com o populismo, com capital de comunicação, mobilizando insatisfações, baseadas em fatos reais ou em fake news. É uma engenharia política, é um fenômeno que veio, por enquanto, pra ficar", diz Giorgio, que também é membro do Observatório de Política Externa e Inserção Internacional Brasileira (OPEB).

"O resultado ontem não era exatamente uma surpresa, nem de um lado nem do outro. A tendência já estava clara. Mas, no caso dos republicanos, eles estavam muito de olho em onde que Nikki Haley iria conseguir votos. Ela até ganhou em um estado pequeno, mas não faz o volume necessário. A questão para os republicanos e para o Trump é se esse pessoal que votou em Nikki Haley vai ficar em casa em novembro, nas eleições presidenciais, ou até se alguns vão votar em Biden", reflete o professor.

Ao declarar a desistência da corrida eleitoral pela presidência, Haley agradeceu apoiadores e disse que o objetivo de sua candidatura era fazer com que "os americanos tivessem suas vozes ouvidas". A republicana não declarou apoio a Trump, o que vai na contramão da tradição do partido.

Em discurso depois de vencer em quase todos os estados na 'Super Terça', Donald Trump atacou imigrantes, o que pode fortalecer sua candidatura diante de Biden, explica o professor da UFABC.

"É um apelo que também tem eco na base do Partido Democrata. É uma pauta muito quente que conseguiu se traduzir no problema de fronteira, num problema de segurança pública… Eles estão com a campanha dizendo agora 'todos os estados fazem fronteira'. Ou seja, é um impacto da migração no sentido de todos os estados, um problema nacional, não mais sobre migração, mas de segurança. De segurança nacional, inclusive. E há uma certa insegurança sobre o futuro. As pessoas vão veem mais futuro brilhante na frente. E essa questão da migração, quando apresentada e manipulada dessa forma, consegue mobilizar voto", afirma Giorgio.

"Trump está com essa linha: migração e inflação. E o Biden tem muita dificuldade de conseguir um discurso alternativo à questão de migração. Então, nessa questão da migração, com certeza ele vai perder pontos. A questão é se ele vai conseguir reverter essa imagem negativa com relação à economia", prossegue.

A entrevista completa, feita pela apresentadora Luana Ibelli, está disponível AQUI.

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