SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO

(81) 3131.6350 - sindsep@sindsep-pe.com.br

Home | Notícias

Banco Central independente é ruim para os servidores e péssimo para o Brasil


O seminário "Não à PEC 65. Sim ao BC que o Brasil precisa" acontece nesta terça-feira, 15, a partir das 9h, no Auditório Nereu Ramos no Anexo II da Câmara dos Deputados

Publicado: 14/10/2024

Um Banco Central (BC) público é fundamental para um funcionamento justo do sistema econômico brasileiro. A missão do BC é a de garantir a estabilidade do poder de compra da moeda, zelar por um sistema financeiro sólido, eficiente e competitivo e fomentar o bem-estar econômico de toda a sociedade. No entanto, a depender de quem está em seu comando, o BC pode ser utilizado para atender aos interesses financeiros privados.

É para debater a possibilidade de privatização do BC, por meio da Proposta de Emenda Constitucional 65/2023, que será realizado o seminário "Não à PEC 65. Sim ao BC que o Brasil precisa", nesta terça-feira, 15, a partir das 9h, no Auditório Nereu Ramos no Anexo II da Câmara dos Deputados.

As inscrições para o Seminário, que será transmitido pela internet, são gratuitas e podem ser feitas AQUI

O seminário irá debater as atribuições do Banco Central e o porquê da PEC 65 ser ruim para os servidores e péssima para o Brasil. 

Nos últimos anos e até o final do próximo mês de dezembro, o Banco tem como presidente Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, graças à Lei Complementar 179/2021 (da autonomia do Banco Central). Por não estar ligado ao atual governo, Campos Neto adota uma política monetária independente e prejudicial ao desenvolvimento do país e a população, ao manter altas taxas de juros reais.

Essas taxas têm provocado o desequilíbrio das finanças públicas, porque os juros praticados pelo BC aumentam, mês a mês, a dívida pública. A política de juros altos também atrapalha os investimentos e a abertura de novas empresas, uma vez que tudo se torna mais caro, dificultando a geração de empregos. Os juros altos também concentram a renda e a riqueza. Quem tem recursos aplicados no sistema financeiro está obtendo altos lucros.

As taxas de juros determinadas pelo BC têm impacto direto sobre a decisão de consumo das famílias, sobre a decisão das empresas e dos governos em investir, sobre a decisão dos investidores do mercado financeiro, sobre os custos das instituições financeiras, o custo financeiro das empresas não financeiras e, por fim, sobre o custo financeiro dos próprios governos. 

Não é à toa que Campos Neto, um boneco de ventríloquo do sistema financeiro, é um dos maiores defensores da PEC 65/2023, que propõe transformar o Banco Central em empresa de direito privado, ainda mais independente. Na verdade, a PEC foi uma sugestão do próprio Campos Neto. Com isso, o BC ganharia autonomia completa com relação ao governo eleito, mas estaria completamente sujeito aos interesses do lobby privado.  

O atual presidente do Banco Central está defendendo os interesses do setor rentista, em detrimento de toda a população brasileira, ao querer retirar do Executivo boa parte das decisões econômicas importantes que afetam o cotidiano da população. 



« Voltar


Receba Nosso Informativo

X