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Agora Paulo Guedes nega, mas já falou em reduzir as deduções do IR


Depois de planejar reduzir os valores das aposentadorias e do salário mínimo, o governo Bolsonaro promoveu um estudo para impedir que os brasileiros e brasileiras deduzam os valores gastos com educação e saúde do Imposto de Renda

Publicado: 26/10/2022


Depois de planejar reduzir os valores das aposentadorias e do salário mínimo, o que afetará a vida dos trabalhadores de poder aquisitivo mais baixo, o governo Bolsonaro promoveu um estudo para impedir que os brasileiros e brasileiras deduzam os valores gastos com educação e saúde do Imposto de Renda (IR). Isso mesmo! A notícia foi divulgada pelo jornal Estado de São Paulo, que teve acesso a um documento com dez páginas e anexos com sugestões de mudanças legislativas. O documento foi elaborado pela equipe da área fiscal do ministro da Economia, Paulo Guedes, após o primeiro turno das eleições.

No documento obtido pelo Estadão, os técnicos preveem uma economia de R$ 24,5 bilhões ao ano, com o impedimento da dedução das despesas médicas. Já o corte das deduções de despesas com educação permitiria um aumento de receita de R$ 5,5 bilhões. Apesar do Estado de São Paulo ter tido acesso ao documento oficial, Paulo Guedes correu a negar o estudo. Em 2019, o ministro já defendeu mudanças nas deduções do IRPF. Chegou a dizer que há “muita dedução”.

Caso seja feita esta alteração, milhões de brasileiros e brasileiras serão atingidos, tendo que pagar um imposto ainda maior do que já pagam hoje. É uma economia que cai nas costas do povo trabalhador brasileiro.   

A redução das aposentadorias, do salário mínimo e a alteração no Imposto de Renda tem como objetivo garantir que o atual governo, caso permaneça no poder por mais quatro anos, garanta recursos para as promessas de campanha e para o orçamento secreto. O orçamento Secreto está produzindo, inclusive, um rastro de destruição em áreas sensíveis do Estado brasileiro, como saúde e educação. Mas não só a elas. Recursos que iriam para políticas públicas de diversas áreas foram desviados para atender ao apetite por emendas da base aliada do Governo no Congresso Nacional. 

Economia na bancarrota

Enquanto o governo reduz o poder de compra da população e os investimentos em políticas públicas que atendem aos que mais precisam, o número de desempregados e miseráveis aumenta junto com uma inflação descontrolada dos alimentos.  

O Cadastro Único (CadÚnico), utilizado para cadastramento em programas sociais do governo federal, registrou, no último mês de setembro, o maior número de pessoas em situação de extrema pobreza no Brasil desde que foi implementado, em 2001. Os registros mostram que “49 milhões de brasileiros — ou 23% da população — afirmam não ter renda suficiente para sobreviver e precisam de auxílio governamental”. 

Desde janeiro de 2019, quando teve início o governo de Jair Bolsonaro (PL), até setembro de 2022, o número de pessoas que vivem em extrema pobreza aumentou em 10 milhões. Em dezembro de 2018, eram 39 milhões de brasileiros nessa condição. 

Os dados do CadÚnico ajudam a comprovar uma pesquisa da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania Alimentar e Nutricional (Penssan), que apontou que o número de pessoas que passam fome no país quase duplicou em menos de dois anos. Atualmente, cerca de 33,1 milhões de brasileiros passam fome no Brasil. 

Enquanto isso, a inflação acumulada em 12 meses (setembro de 2022) é de 7,17 %. O preço dos alimentos não para de subir nas gôndolas dos supermercados e os combustíveis voltaram a ter alta. 
 

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