A velha receita econômica não deu certo antes, não pode dar agora

O governo tem sinalizado um possível aumento na taxa de juros e uma nova reforma da previdência. Esse caminho apontado vai de encontro a uma política econômica apoiada pela classe trabalhadora, que visa ao crescimento econômico e não à recessão.

As mudanças que o governo tem promovido até agora diminui o poder de compra da classe trabalhadora e engessa ainda mais a economia. A possibilidade de elevar mais uma vez a taxa de juros só agravará essa situação, favorecendo apenas os banqueiros e a especulação de uma maneira geral.

Por outro lado, uma possível reforma da Previdência, que tem como alicerce principal o aumento da idade mínima para aposentadoria, resgata o debate falacioso de déficit da Previdência e coloca nas mãos de quem trabalha a responsabilidade da crise econômica que assola o Brasil e o mundo. No final das contas, os maiores prejudicados serão aqueles que, provavelmente, não por escolha, mas sim por necessidade, precisaram ingressar cedo no mercado de trabalho.

“A política econômica que queremos não cabe redução de direitos, muito menos admitimos que a classe trabalhadora pague essa conta. Não foi dessa forma que vencemos a crise de 2008. Conseguimos êxito naquela época justamente por causa do aumento da massa salarial e, consequentemente, do poder de compra, além do investimento amplo em políticas sociais. Esperamos que o governo repense a forma como vem conduzindo a economia”, dispara o secretário geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.