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28º Grito dos Excluídos e Excluídas questiona independência do Brasil


A concentração do ato no Recife terá início às 8h, desta quarta (07), no Parque 13 de maio, em frente à Faculdade de Direito do Recife

Publicado: 05/09/2022


O Grito dos Excluídos e Excluídas chega ao seu 28º ano questionando as comemorações do bicentenário da “independência” do Brasil. A edição deste ano, que contará com mobilizações em todas as capitais brasileiras e em cidades do interior do país, nesta quarta-feira (07 de setembro), traz como tema: Brasil, 200 anos de (in)dependência para quem? A pergunta tem como objetivo fazer com que as pessoas acordem para o fato de que o Brasil é um país no qual a independência nunca conseguiu se tornar uma realidade efetiva. 

A elite econômica brasileira, descendente de europeus escravocratas, sempre se sujeitou aos interesses das elites e governos de outros países e acabou por nunca desenvolver uma identidade nacional. Para além disso, o Brasil adotou um sistema capitalista que se reproduz a partir da exploração e das opressões e se inseriu neste sistema como país exportador de matéria prima e importador de bens de consumo, tornando-se dependente economicamente de outros países. E, hoje, a lógica de pensamento e as ações do atual governo brasileiro têm sido de submissão aos interesses dos Estados Unidos da América (EUA) e da adoção de um nacionalismo de fachada, um ufanismo vazio que valoriza símbolos e idealizações ao invés de focar num autêntico projeto de desenvolvimento nacional. 

Não é à toa que o atual governo trouxe ao país o coração de Dom Pedro I. O órgão foi recebido, com honraria, por autoridades e está exposto para visitação do público no Palácio do Planalto, em Brasília.

O tema permanente do Grito, Vida em Primeiro Lugar, convoca a população para a defesa de todas as formas de vida que se encontram ameaçadas. Por ainda estamos em tempo de pandemia do coronavírus, o Grito faz um chamado à vacinação. 

“Milhares de famílias sofrem por ter perdido seus entes queridos, fruto de uma cultura negacionista e da falta de vontade em resolver as questões da saúde. O avanço do desmonte de direitos sociais e do próprio estado democrático, com a disseminação da cultura do ódio, sustentada pelas notícias falsas manifestadas nas redes sociais são sinais do descaso pela vida”, destacou o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sociotransformadora, Dom José Valdeci Santos Mendes, na carta da CNBB em apoio ao Grito. 

“Há que se destacar, ainda, o aprofundamento das desigualdades sociais, o aumento da fome, do desemprego, fruto do avanço do poder financeiro aumentando os lucros dos bancos, institucionalizando ainda mais os seus privilégios. O avanço dos grandes projetos sobre as terras indígenas, povos quilombolas, pescadores e as agressões ao meio ambiente têm sido outra marca da atual política. E com isso o aumento da violência contra defensores e defensoras de Direitos Humanos, como foi o caso de Bruno e Dom, na Amazônia, e de lavradores e lavradoras barbaramente assassinados”, complementou.  

No Recife

A concentração do ato no Recife terá início às 8h, desta quarta (07), no Parque 13 de maio, em frente à Faculdade de Direito do Recife. A mobilização deverá reunir representantes de movimentos sociais, da igreja, partidos políticos de esquerda e a população em geral. 
 

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