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Economista tucano alerta: vem aí mais impostos


O Brasil não conseguirá escapar de um novo aumento da carga tributária para sair do rombo histórico nas contas públicas provocado pelo governo de Michel Temer

Publicado: 28/08/2017

Do Brasil 247

O Brasil não conseguirá escapar de um novo aumento da carga tributária para sair do rombo histórico nas contas públicas provocado pelo governo de Michel Temer. O alerta é do economista Samuel Pessoa, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). Filiado ao PSDB, Pessôa é um dos principais economistas que balizam o pensamento tucano. 

Embora considere crucial a adoção de medidas que diminuam o ritmo de expansão dos gastos públicos, ele acredita que será preciso elevar impostos para enfrentar o rombo fiscal. "Tem que fazer primeiro o gasto, para que a taxa de crescimento das despesas fique contida, e depois tem que fazer imposto", diz Pessôa, para quem se deve repensar a isenção de lucros, juros e dividendos no Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). "Isso pega aquele bando de gente que acha que é classe média, que somos nós. É o 1% da população em termos de renda. Todo mundo tem a sua 'pejotinha' ou o seu Simples, pagando menos imposto do que pagaria se fosse CLT", disse Samuel Pessôa em entrevista ao jornal Valor Econômico. 

Pessôa diz ainda que a aprovação da reforma da Previdência e de outras medidas que enfrentem o ritmo insustentável de expansão das despesas públicas são fundamentais para o país transitar de fato para um regime de juros baixos. Ele afirma ver um "imenso potencial de crescimento da economia brasileira", desde que o país faça as coisas certas. "O problema é que fazer as coisas certas significa mexer em direitos adquiridos. Nós temos um setor público que prometeu para grupos da sociedade coisas que não pode entregar. Aí ninguém quer ceder", diz Pessôa.

O economista tucano elogiou o governo de Michel Temer, que é rejeitado por mais de 90% da população e disse que 2019 será um ano "muito importante" para o País. "Nós vamos decidir se nós vamos gerir o nosso conflito distributivo de modo civilizado ou não. Por meio do Congresso, fazer reformas que reduzam a taxa de crescimento do gasto público e aumentem a carga tributária, para que nós consigamos financiar a dívida pública, financiar o Estado brasileiro, sem cair em dominância fiscal e inflação", afirmou. 

Leia na íntegra a entrevista no Valor Econômico

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