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Adufepe realiza seminário para discutir modelos de universidade pública e estatal


O evento segue até amanhã e é aberto ao público. Ver programação na matéria

Publicado: 28/09/2017
Escrito por: Ascom Sindsep-PE

A coordenadora geral do Sindsep-PE, Graça Oliveira, participou na manhã desta quinta-feira, 28 de setembro, na UFPE, do Seminário Concepções e Modelos de Universidade Pública e Estatal, promovido pela associação dos docentes da universidade, a Adufepe. Convidada à mesa de abertura, ela ressaltou a importância do evento no cenário atual, principalmente por conta da Emenda Constitucional (EC) 95, a conhecida PEC do Fim do Mundo, que prevê 20 anos de arrocho na educação. O evento segue até amanhã e é aberto ao público. Ver programação na matéria.

Sobre a debate da universidade pública, Graça Oliveira foi enfática: “Está na hora de ampliar essa discussão porque existe um desconhecimento da sociedade. Precisamos transformar a crítica em uma ação política e as universidades têm um papel importante nisso, principalmente diante do desmonte dos serviços públicos, inclusive das universidades, que está sendo promovido no momento”, ressaltou a coordenadora geral.

Após a mesa de abertura foi realizada a primeira palestra, cujo tema foi Modelos e Concepções de Universidades. Para falar do assunto estavam presentes a professora Silke Weber (UFPE) e Naomar de Almeida Filho (Universidade do Sul da Bahia).

Silke Weber fez um resgate dos principais modelos de universidade existentes no mundo e dos que já foram utilizados no país, considerando desde a reforma universitária de 68 até as mudanças sutis ou mais profundas ocorridas nas últimas décadas. Para a professora da UFPE, esses vários modelos estão convergindo. “Não acredito num modelo único”, disse ela, explicando que é preciso observar as particularidades de cada país.

Naomar de Almeida Filho começou sua intervenção mostrando as contradições do modelo de universidade pública existente no Brasil. “O sistema retira renda dos mais pobres para os mais ricos. Um Robin Hood as avessas”, disparou ele. Ele aposta no chamado modelo de ciclo, onde os primeiros anos são voltados a um bacharelado interdisciplinar para nos anos seguintes se graduar em áreas mais específicas.

O professor trouxe a experiência que está sendo vivenciada na Universidade do Sul da Bahia. Lá, eles possuem alguns cursos no regime de ciclos. Nos primeiros anos, os alunos do interior, por exemplo, não precisam sair de suas cidades. Eles tem aulas a distância tendo como apoio escolas públicas da região, que cedem o espaço e hospedem os equipamentos multimídias.

Na Universidade Federal do Sul da Bahia, eles trabalham com a perspectiva de desconstruir conceitos elitistas, promover a inclusão social, tendo a universidade como protagonista. Lá, utilizam o regime de quadrimestre multiturno, currículo flexível, pedagogia ativa mediada por tecnologia e com ampla cobertura territorial, a exemplo da educação à distância.

Nesta sexta-feira, 29 de setembro, será discutida a internacionalização da universidade brasileira no período da manhã, a partir das 9h. À tarde, às 14h30, o tema é Universidade e desenvolvimento.

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